Uma das coisas que mais me lembra a casa da minha avó, onde vivi por mais de 25 anos, é o cheiro de pão, isso por dois motivos.

O primeiro, é que minha avó fazia pão em casa quase toda semana, inclusive foi com ela que apredi minhas primeiras lições de bioquímica, o que a farinha branquinha ou integral precisava para crescer e formar um lindo, douradinho e cheiroso pão. E olha que ela não precisou concluir os estudos para saber e me ensinar tantas coisas. Nós amassávamos a massa juntas, ela tirava um pedacinho e deixava eu formar meu pequeno pãozinho, que depois assava no forno, junto com os grandes, em uma forminha improvisada.

O segundo motivo, é que quando não fazíamos pão em casa, íamos a padaria bem pertinho, onde comprávamos cacetinho e nata – porque chimia sempre tínhamos em casa, especialmente de goiaba, feita num tacho no fogão a lenha – então, nosso café da tarde era garantia de sucesso.

Ainda hoje, o cafezão da tarde no final de semana é uma das coisas que mais amo fazer quando vou ao sul, é quase um evento, quase um café colonial na serra gaúcha. Por isso, pela falta que sinto de um legítimo pão, especialmente o cacetinho (pão francês), resolvi compratilhar esta receita do canal Pão da Casa.